Espondilite anquilosante é uma forma de artrite. Crónica, esta inflamação ataca as articulações das costas e também dos ombros, anca e até joelhos – entre outras. Daí que esta condição crie outros problemas de saúde como fadiga extrema, dor nos olhos e no coração. Celebrando o Dia Mundial da Espondilite anquilosante, a Clínica Lambert traz-lhe um artigo para saber mais sobre esta doença.
Espondilite anquilosante, também conhecida como doença de Bechterew no mundo anglo-saxónico, começa a demonstrar-se no corpo de forma gradual. Uma dor no fundo das costas que ao longo dos anos vai subindo até ao pescoço, danificando as restantes articulações no entretanto. Mas quais são as causas desta doença?
Espondilite anquilosante – Causas.
Não se sabe ao certo as causas para a Espondilite anquilosante. Mas há duas certezas: a maioria das pessoas que a tem é do género masculino e os primeiros sintomas aparecem durante os vinte anos. Contudo, no que toca a causas, tudo aponta para uma conexão entre a doença e um gene em específico: o HLA-B27. Não entrando em termos demasiado técnicos, este é um dos mais fortes indicadores que alguém poderá vir a sofrer de Espondilite anquilosante já que 9 em cada 10 pessoas que tem a doença também tem esta condicionante no seu ADN.
No entanto, como pode observar, 9 em 10 não é 10 em 10 e é por isso que é tão difícil definir uma causa específica. Mais, 8 em cada 100 indivíduos tem este gene. No entanto, a grande maioria não contrai esta grave condição. No fundo, a ideia a reter é a seguinte: o gene HLA-B27 torna-nos mais suscetíveis a ter Espondilite anquilosante, não sendo uma sentença definitiva.
Se não tiver interesse em fazer um teste genético para saber se transporta este gene, terá de dar atenção aos diferentes sintomas que esta condição pode apresentar no princípio.
Espondilite anquilosante – Sintomas.
Como já referimos acima, os primeiros sintomas desta doença tendem a ser dores na região lombar e nos glúteos. Ou seja, nas articulações sacroilíacas, o local no qual a coluna conecta com a pélvis. Por isso, pode afetar os espaços nos quais tendões e ligamentos se ligam com os ossos. Pior, as vértebras conseguem mesmo fundir-se. O que causa:
· Dores, principalmente, em momentos de repouso ou ao acordar.
· Uma coluna dura, com tendência para se curvar para a frente.
· Cansaço extremo.
· Inchaço nas articulações.
· Dificuldades a respirar de forma profunda.
Outras complicações
Os pacientes com Espondilite anquilosante devem ter em atenção que as suas vértebras têm tendência para ficar mais fracas. Ou seja, há uma maior probabilidade de estas se partirem, reduzindo bastante a qualidade de vida de qualquer pessoa.
Já nos olhos, como foi referido, os doentes de Espondilite anquilosante têm 40% mais chances de ter Uveíte – uma inflamação da camada média dos olhos, a úvea, que inclui a íris, o corpo ciliar e a coróide. Esta condição é dolorosa, deixa a visão turva e o paciente com uma sensibilidade maior à luz.
Já no coração, esta doença tem a capacidade de, em alguns casos, fazer aumentar a aorta – que é uma artéria essencial para a sobrevivência humana. Esta mudança altera a estrutura desta peça de tal modo que altera a forma como o coração bombeia o sangue, o que pode deixar os pacientes mais cansados e com falta de ar.
Então, com tantos sintomas, como diagnosticar esta doença?
Diagnóstico
Como é habitual, se sentir algum destes sintomas, o primeiro passo a tomar é visitar um médico de confiança. Aí, o especialista em saúde deve fazer questões de rotina, para analisar o seu caso. Começa-se por perceber quais os sintomas e há quanto tempo os tem. Daí, se for necessário, fazem-se testes ao sangue, para procurar sinais de inflamação. Se tal for provado, deve ser encaminhado para a especialidade de reumatologia. Na Clínica Lambert, contamos com a ajuda da Dr. Joana Borges.
O processo continua com testes de imagiologia e testes genéticos. Quando, no raio-X, aparecer inflamação das articulações sacroilíacas e se tiver dores persistentes durante 3 meses, então, aí confirma-se o diagnóstico. Agora é necessário pensar nos tratamentos.
Espondilite anquilosante – Tratamentos.
Como já vimos, esta condição é crónica. Desta forma, o importante é manter a qualidade de vida do paciente, com o menor nível de dor possível e evitar complicações futuras. Isto incluí medicação e fisioterapia.
Os doentes com esta doença não tendem a necessitar de cirurgia. Esta é apenas sugerida quando uma articulação está tão danificada que tem de ser substituída.
O que fazer em caso de Espondilite anquilosante.
Em suma, esta é uma doença rara, mas que necessita de cuidados para o resto da vida. Desde apoio médico a uma equipa de fisioterapia, saiba que, na Clínica Lambert, estamos dispostos a ajudá-lo a ter a melhor qualidade de vida possível. Por isso, já sabe, se precisar, pode visitar-nos ou, então, ligar para o +351 217 582 336 ou enviar um e-mail para info@clinicalambert.pt.