Como área importante dentro da disciplina da fisioterapia, a fisioterapia no desporto não trata apenas da reabilitação de lesões, mas tem também carácter preventivo para atletas de todas as idades e em diferentes níveis de competição.
É óbvia a ligação entre a prática regular de desporto, sobretudo para atletas profissionais das diferentes modalidades e a existência de um profissional de saúde. De acordo com a Associação Portuguesa de Fisioterapeutas, o fisioterapeuta no desporto “é um profissional de saúde reconhecido, que demonstra competências específicas, na promoção da actividade física de forma eficaz e segura, na educação / aconselhamento dos seus atletas, na capacidade de intervir no âmbito clínico e, nos aspectos do treino e competição desportiva, com o objetivo de prevenir lesões, optimizar a função e contribuir para o melhor desempenho desportivo dos atletas de todas as idades e diferentes níveis competitivos.”
Com um papel cada vez mais necessário e reconhecido, seja em situações de emergência, de recuperação de lesões ou de permanente ligação e trabalho entre o fisioterapeuta e equipa médica, o que se reflecte directamente no desempenho do utente, é cada vez mais notória a necessidade de um desportista ser acompanhado por um fisioterapeuta especializado na área. Com o auxílio de Tiago Costa, um dos fisioterapeutas da Clínica Lambert, reunimos cinco pontos que espelham o papel de um fisioterapeuta desportivo.
1. A preparação
Todos os desportistas que realizam actividades físicas de forma repetida e recorrente devem preparar o corpo. “É essencial para a melhoria do desempenho, mas também para a prevenção de lesões”, diz Tiago Costa. Se é verdade que a fisioterapia está habitualmente mais associada ao tratamento posterior de lesões, existe “uma mudança de paradigma que está a ser feita e cada vez mais a prevenção de lesões e o trabalho físico (isto é, o exercício) específico para cada atleta é visto como uma ferramenta fundamental do fisioterapeuta no desporto.”
2. A celeridade
Como qualquer área do campo da fisioterapia, a que trabalha efectivamente o desporto tem algumas particularidades, sobretudo recorrentes do facto de o desporto ser uma área de competição e depender dos resultados obtidos (ou seja, vitórias). “Por isso o trabalho do fisioterapeuta neste contexto depende também de resultados rápidos, de recuperações de lesões mais céleres e, por muitas vezes, da capacidade de tornar o jogador apto apenas para um jogo ou prova em concreto”, frisa Tiago Costa.
3. O equipamento
Os chamados recursos físicos no desporto são essencialmente aplicados com os objectivos de uma recuperação mais acelerada ou da realização do exercício necessário. Desse modo, “o fisioterapeuta no desporto estará habituado a trabalhar com alguns equipamentos de electroterapia, bem como todo o tipo de equipamento de exercício, essencial para a obtenção de resultados neste contexto.” A electroterapia faz parte das técnicas utilizadas na Clínica Lambert, nomeadamente através de Ondas de Choque, do Laser de alta intensidade, da TECAR (aparelho de terapia por radiofrequência) e dos electroestimuladores wireless.
4. A adaptação
Seja na reabilitação ou na prevenção de lesões, os exercícios não podem ser descritos sem uma avaliação prévia. “Tudo depende do sujeito, da lesão, dos objectivos e de uma série de factores que são tidos em conta quando se elabora um plano de reabilitação/prevenção de lesões para um atleta.”
5. A formação
Do lado do fisioterapeuta, a formação contínua e específica é essencial, seja na área do desporto, seja em qualquer outra disciplina. Porém, no desporto, graças ao seu mediatismo e “possibilidade de carreira”, sublinha Tiago Costa, as formações são inúmeras. “Desde pós-graduações a mestrados, de convenções a cursos de técnicas específicas, a oferta é imensa e completa, o tornando o fisioterapeuta português no desporto cada vez mais, uma referência no mundo da fisioterapia.”