Disciplina essencial na recuperação das lesões físicas, há mais na fisioterapia para além dos tratamentos de reabilitação. Uma abordagem global, com a avaliação médica é a proposta da Clínica Lambert, onde as áreas de intervenção reflectem um caminho de inovação.
Recuperar, reeducar, reabilitar, desenvolver. Existem diversos termos associados à fisioterapia, todos eles relacionados com o corpo humano, com a prevenção e tratamento de eventuais lesões físicas. Por definição, a fisioterapia é “o serviço prestado por fisioterapeutas a indivíduos e populações de forma a desenvolver, manter e restaurar o máximo movimento e capacidade funcional ao longo da vida”, explica Tiago Costa, o responsável pela Fisioterapia da Clínica Lambert.
Área fundamental na recuperação física, mas também na manutenção do bem estar, a fisioterapia tem o objectivo claro de identificar e maximizar a qualidade de vida e o potencial de movimento nas áreas de promoção, prevenção, tratamento e habilitação de capacidades e reabilitação. De acordo com Tiago Costa, essas áreas “abrangem também o bem-estar físico, psicológico, emocional e social.” E é por isso que diferentes pessoas podem (e querem) recorrer aos serviços de um fisioterapeuta. “A fisioterapia é prestada em circunstâncias em que o movimento e a função são ameaçados pelo envelhecimento, lesões, dor, doenças, distúrbios, condições ou factores ambientais e com a compreensão de que o movimento funcional é central para o que significa ser saudável.”
É também importante que o fisioterapeuta seja um profissional atento à componente comportamental ou psicológica, porque o trabalho é maioritariamente feito com pessoas que sofrem de algum tipo de limitação ou problema. “Estando atento, o fisioterapeuta consegue perceber o estádio emocional e motivacional do utente, factores essenciais para o sucesso do tratamento.”
Mais: apesar de ser uma disciplina que decorre de uma interacção entre fisioterapeuta e o utente, é importante frisar que não se trata de um trabalho isolado, ou apenas a dois, mas complementar a outras áreas de saúde e que poderá envolver também outros profissionais. Noutro campo, é também importante o papel das famílias, dos cuidadores ou outras comunidades, “num processo em que o potencial de movimento é examinado e as metas são acordadas, utilizado conhecimentos e técnicas exclusivas específicas.” No caso da Clínica Lambert, que é uma referência na área da saúde desportiva, a fisioterapia tem um papel de estreita cooperação com a ortopedia. “A definição de objectivos de tratamento advém de uma avaliação comum sobre o utente, sendo por isso fundamental a comunicação constante entre o médico e o fisioterapeuta.”
Não existem limites pré-estabelecidos de duração tratamento, nem de cada uma das sessões de fisioterapia. Os períodos de trabalho estão directamente ligados a vários factores, como a condição de saúde, o estádio da mesma, a idade do utente e a fase de recuperação em que se encontra. “Na Clínica Lambert não existe, por isso, um tempo pré-definido de sessão. Existem utentes que realizam sessões de uma hora e meia e outros de duas a três horas.” Cada caso é avaliado individualmente antes e durante o tratamento, com o corpo clínico necessário e sempre com o análise feita por um médico.
Com uma abordagem própria, a Clínica Lambert segue algumas áreas de intervenção específicas dentro da fisioterapia. São elas a fisioterapia músculo-esquelética, a fisioterapia de desporto e a aquática. Neste último caso, por exemplo, a imersão na água aquecida que acontece durante a hidroterapia, oferece benefícios como o relaxamento e analgesia. A força de impulsão alivia a pressão sobre as articulações, reduzindo as forças gravitacionais implícitas ao movimento.
Quanto às técnicas utilizadas, apresenta Tiago, “podemos destacar a utilização de alguns equipamentos diferenciadores como a passadeira anti-gravítica (ALTER G) ou a avaliação isocinética.” No primeiro caso trata-se de uma passadeira que permite regular a força da gravidade exercida sobre o utente, logo, determinar com que percentagem de peso se pretende que o paciente faça o exercício; no segundo, trata-se de um dinamômetro isocinético que permite quantificar a função e desempenho muscular da pessoa avaliada, para actuar como método preventivo e terapêutico de lesões musculares.
Finalmente, diz-nos o fisioterapeuta Tiago, há uma recente abordagem à fisioterapia com um carácter preventivo. “O desenvolvimento do Sistema Nacional de Sáude é projectado nesse sentido e a Fisioterapia caminha também nessa direcção. A prevenção de lesões é possível e eficaz, mas é na promoção de saúde através da criação de bons hábitos de vida que a Fisioterapia assume um papel mais fundamental.”