Também designada de trocanterite esta patologia é caracterizada pela inflamação da bursa trocantérica e/ou da inflamação dos tendões que se inserem no grande trocânter (médio e pequeno glúteo) IMAGEM. Pode ter várias causas: traumatismo da face lateral da anca; contractura da banda ilio-tibial; desequilíbrios musculares; patologia articular da anca..
Dor na parte lateral e anterior (virilha) da anca, descrita como o “sinal do C” IMAGEM. Regra geral é sentida como uma dor pouco intensa e profunda, que não dói ao toque ou pressão dos dedos, que agrava com a atividade física (frequentemente interpretada como lesão muscular que não melhora) e com a posição sentada por longos períodos (por exemplo conduzir). É frequente em praticantes de artes marciais e bailarinas (pelos movimentos de grande amplitude da anca) e em praticantes de futebol ou outras atividades com movimentos bruscos de mudança de direção.
Normalmente o diagnóstico é feito pelo o exame clinico. Por vezes pode ser necessária a realização de uma Ressonância Magnética nos casos em que há suspeita de lesão dos tendões do médio e pequeno glúteo. Ou para exclusão de patologia articular.
Vai depender da causa da lesão mas normalmente o tratamento inicial passa pela toma de anti-inflamatórios (orais e tópicos) complementados por um programa de reabilitação. Nos casos que não melhoram com este tratamento pode ser necessária a realização de uma infiltração (por vezes mais do que uma). Nalguns casos o tratamento pode passar por uma cirurgia – artroscopia da anca
A grande maioria dos casos melhora em 2 a 3 semanas com anti-inflamatório e fisioterapia. Nos casos em que é necessária uma infiltração podem demoram cerca de 6 a 8 semanas a melhorar. Por vezes pode ser necessária a realização de 2 ou até 3 infiltrações com um intervalo de 3 meses entre cada uma. Os casos que não melhoram podem ter indicação para tratamento cirúrgico – artroscopia da anca. A recuperação desta cirurgia é de 4 a 6 semanas.